Por Gleison Junior, Julia Delmondes, Julieta Leite e Isabel Ebert.
❖Texto 01: O devir ambiente do mundo urbano (2012)
Autor: Jean-Paul Thibaud
A cidade e a arquitetura se apresentam de diversas maneiras, ora convidativa, ora desconhecida. Suas transformações são desenvolvidas e vivenciadas a partir das rotinas e experiências de seus habitantes. No texto “O devir ambiente do mundo urbano” o sociólogo francês Jean-Paul Thibaud (2012) suscita questões acerca da ambientação dos espaços urbanos e como atmosferas sensíveis são instauradas. A fim de aproximar o conceito de ambiência urbana, o autor apresenta cinco operações que contribuem para a percepção e acolhimento dessa ambientação.
Na primeira, instaurar o sensível como campo de ação comenta sobre a relevância do médium, do que se faz presente entre, ou seja, daquilo pelo qual percebemos, o que se encontra entre o sujeito e o objeto, acolhendo todos os sentidos, indo além da visão. Pensar a articulação do espaço urbano é estar atento a camada do sensível, aos elementos que compõem a experiência do citadino, tal como o ar, a luz, o som. Portanto, o autor comenta sobre uma sustentabilidade ambiental que está diretamente atrelada a quem detém o poder sobre a transformação desses elementos, ou seja, quem detém o “controle” dos meios que ambientam um espaço.
A segunda operação é compor com tons afetivos, ou seja, articular o espaço a partir dos afetos, o afeto de si e com o outro; encontrar atributos que incorporem uma ambiência e envolvam nossa sensibilidade. Ressonância é a palavra-chave para esta operação, o que nos permite refletir como compartilhamos cidades que nos apresentam uma ecologia do medo e uma ecologia do encantamento, ao mesmo tempo. Ou seja, a ressonância não se caracteriza apenas pelo afeto entre semelhantes, mas também pelos afetos das diferenças que compõem uma dinâmica urbana. Assim, como viver as alteridades em cidades que tentam nos enquadrar em modos únicos de vida? É preciso articular os espaços compreendendo os diversos tons afetivos que os compõem.
Até então entende-se que a ambiência acontece na junção destes vários elementos e tons, entretanto sua existência acontece no encontro com as situações urbanas, afirmando o movimento de coalescência dos vários fatores constitutivos de uma situação. Assim, a palavra-chave da terceira operação é a coalescência. O autor exemplifica com as situações de shopping que nos envolvem em uma ambiência comercial mediante sons, cheiros, luzes, regras de conduta, para dispersar o fator tempo e focar no consumo de produtos.
Em seguida o fator manutenção da ambiência é apresentado como uma operação importante para cultivar as permanências de um território, reconhecendo suas dinâmicas e não congelando suas transformações. A manutenção acontece não apenas por funcionários urbanos, mas também pelos habitantes que mantém seus comércios, casas e constroem diariamente modos de cultivo e cuidado compartilhado.
Por fim, a quinta e última operação seria apostar nas transformações imperceptíveis produzindo a palavra-chave impregnação. Diferente da injunção que na interrupção de determinada ação nos traz consciência para o momento, e o convite que nos convida abertamente à ação, a impregnação está implícita e relaciona-se diretamente com o tempo, com a persistência e a permanência. Ela seria a nossa capacidade de sentir e incorporar as pequenas modulações de um espaço sensível.
O autor, portanto, conclui que para dar o tom aos diversos territórios é relevante pensar numa arte de desfocalização, de acompanhamento, de impregnação. Trata-se de uma maneira de estar próximo, se entender enquanto parte da articulação dos espaços valorizando o potencial afetivo dos meios ambientes. Para ele, entender a sustentabilidade no campo da ambiência é imprescindível quando falamos sobre a construção de cidades mediante uma escuta ativa e disposta a compreender as dinâmicas e as atmosferas dos espaços contemporâneos.
❖ Texto 02: Contextualizações sensíveis da cidade (2000)
Autor: Jean-Paul Thibaud
O texto “Contextualizações sensíveis da cidade”, de Jean-Paul Thibaud, é publicado, junto com outros textos, como produto de um relatório de pesquisa intitulada “Composições sensíveis na cidade – cidade emergente e sensorialidade” (2000), coordenada por Martine Reloux e o próprio Thibaud. A pergunta central e comum aos textos que o acompanham é: em que medida o espaço urbano atual, convocaria, mais do que ontem, os sentidos? Os autores se interessam ao espaço público urbano e é nesse contexto que Thibaud traz suas considerações sobre as “contextualizações sensíveis”.
A reflexão de Thibaud perpassa questões que tematizam os contextos sensitivos e motrizes da cidade a partir de suas dinâmicas. O autor coloca procura entender: “Como pensar as variações e permanências sensíveis de um espaço público? Em que medida as ambiências urbanas procedem de uma "criação contínua"? De que maneira as práticas sociais contribuem com a sensibilização da cidade?”. Para tanto, desenvolve um duplo argumento: “de uma parte, as ambiências urbanas nunca se dão de uma vez por todas, mas estão sempre em formação, em produção; de outra parte, elas não podem estar dissociadas das atividades locais dos cidadãos.” Essa dupla argumentação estrutura assim a hipótese defendida no texto de que “a noção de ambiência permite pensar a mútua determinação do ambiente sensível e das práticas sociais”. Em termos empíricos, para Thibaud, em relação aos espaços públicos urbanos, “as ambiências mobilizam o corpo dos passantes pondo-os em movimento/marcha de acordo com o lugar.” O autor explica um pouco mais: as ambiências “convocam formas de se deslocar, de se exprimir e de perceber que revelam, com pertinência, as condutas do público”. Isso porque, para o autor, o ambiente urbano não é definido como um continente neutro e homogêneo dentro do qual se inscrevem as práticas, pelo contrário, ele pertence a um meio ecológico heterogêneo, formador de práticas que lhe afetam reciprocamente.
Diante da determinação mútua do ambiente sensível e das práticas sociais, o autor coloca a constatação de uma condição incompleta das ambiências e reelabora seus questionamentos em tordo da seguinte problemática: “como uma ambiência se forma e se transforma?” Sua proposta está em descrever os fenômenos sensíveis como campos de articulação entre o efeito do lugar e a expressão dos transeuntes. Para tanto, ele sugere operar a ideia de contexto, ou mais precisamente, contextualidade; ou seja: “detectar aquilo que faz contexto, descrever as manifestações as mais concretas, especificando uma situação em relação à outra, tanto no plano ambiental que no social”. Do ponto de vista ambiental, os fenômenos acessíveis pelos sentidos são os mais concretos por natureza – tato, audição, olfato, paladar. Eles emergem da interação entre as formas construídas e as condutas sociais de forma transversal; diversos e variados, eles permitem diferenciar as situações (ou contextos). Como algo que se inscreve no espaço, mas de maneira efêmera, é assim que as ambiências participam da construção sensório-motor do espaço urbano público.
Segundo essa relação entre o lugar e as condutas sociais que nele ocorrem, Thibaud identifica três dinâmicas de interação específicas, ou regimes de registro das ambiências: 1) da aclimatação ou ambiência acordada; 2) da qualificação ou ambiência modulada; e 3) da recomposição ou ambiência formatada. Na ambiência acordada os fenômenos sensíveis traduzem a estreita afinidade entre as impressões e expressões, o que se sente e se produz entre o sujeito e o mundo. Essa noção se desenvolve a partir da perspectiva da ecologia de Uexküll, tematizada em torno do conceito de Umwelt. Na ambiência modulada os fenômenos sensíveis flutuam no tempo e se diversificam segundo as atividades, a ambiência emerge em grande parte de reações perceptivas dos sujeitos, segundo uma ecologia da percepção baseada na ideia de affordance, de Gibson. Já a ambiência formatada, ela é aquela que emerge de uma condição do lugar mais fortemente determinada pelas práticas sociais em si, os fenômenos sensíveis são objeto das ações, na perspectiva de uma ecologia das relações sociais. O autor faz aqui referência a Goffman e o conceito de situação social. As maneiras de construir, acessar e interpretar esses três regimes são aprofundados ao longo das três demais partes do texto.
Em sua quarta e última parte do texto, autor conclui com a proposita de tomar a ambiência a partir de seu potencial de contextualização. Thibaud retoma a ideia da produção continuada das ambiências no espaço público urbano, a partir da relação entre o lugar e o social, e seu caráter inacabado, por vezes incerto, uma vez que “o espaço construído oferece recursos para a ação, e a ação, por sua vez, afeta as propriedades do lugar”. Os regimes de “registro” das ambiências por ele elaborado permitem identificar uma “gramática generativa” das ambiências urbanas, a partir de
algumas operações que convocam o meio-ambiente construído e a atividade social, segundo graus variáveis de cada um deles.
❖ Texto 03: A Empatia Espacial e sua implicação nas ambiências urbanas (2015)
Autora: Cristiane Duarte
No texto A Empatia Espacial e sua implicação nas ambiências urbanas a autora apresenta na introdução um breve histórico do conceito. Friedrich Theodor Vischer, no século XIX, utiliza a palavra “Einfühlen” para referir-se à experiência estética através da arte e da forma arquitetônica. Em seguida, seu filho Robert Vischer conceitua “Einfühlung” como sendo a capacidade de imaginar-se no lugar do Outro e de viver uma emoção causada por algo alheio ao nosso “eu”, transportando-nos além de nós mesmos. Na Psicologia, Edward Titchener traduziu a palavra alemã “Einfülung” como empatia e procurou deixar clara a diferença entre este conceito e o de “Simpatia”. A partir daí vários autores passam a lapidar este conceito, em diversos campos: na psicologia, fenomenologia, sociologia, antropologia, geografia humana, neurologia entre outras.
Em seguida, O Ponto de Vista do Outro Para o Outro traz a questão do suporte espacial que nosso corpo, como aparelho sensível, precisa para se transportar para o ponto de vista do Outro e relaciona o conceito de “Ambiências” com as diversas possibilidades de experiências sensíveis que a cidade pode proporcionar. Ao abandonar um enfoque apenas morfológico dos espaços, o conceito de “Ambiência” passa a considerar todos os aspectos sensoriais e dinâmicos que envolvem o Lugar urbano e, por consequência, traz à tona a ativação de um corpo 'encarnado', que não se desenvolve sem a presença e a ação do espaço que o circunda. Ainda sobre essa interação entre corpo e ambiência, a autora apresenta o conceito de “alteridade espacial” cujo significado é “tornar-se outro, alterar-se, tornar-se diferente”.
No terceiro tópico, entendendo que a empatia é a capacidade de nos transportarmos para o ponto de vista do outro, destaca-se que esse Outro pode ser uma pessoa, uma arquitetura ou um espaço livre que está além do nosso próprio corpo. Portanto, o Outro a ser considerado aqui será́ o espaço que, mesmo inanimado, personifica-se. O espaço como construção simbólica é o Outro na medida em que, através de suas materialidades, de suas leis e de seus rituais, se interpõe no drama íntimo e familiar dos indivíduos. Neste tópico também é abordada a diferença entre o conceito de Pertencimento ao Lugar, que vem de uma necessidade de criação de laços identitários e a sensação de domínio de um lugar e o conceito de Empatia Espacial, que está ligada a um vínculo afetivo com o lugar, sem necessariamente ter a pretensão de domínio do mesmo.
Por fim, nas considerações sobre o projeto de lugares empáticos, é reforçada a importância de projetos que além de considerar a experiência espacial como um todo, também gere uma conexão afetiva com o lugar. A observação dos espaços empáticos nos ensina a importância da multisensorialidade, do oferecimento de muitas facetas e oportunidades de vivência, das trocas e encontros com o Outro que tanto nos enriquece social e culturalmente. O projeto de espaços empáticos é responsável por levar em conta os ritmos e sempre considerar a dimensão “tempo”.
❖ Texto 04: Ambiência: Por uma ciência do olhar sensível no espaço (2013)
Autora: Cristiane Duarte
Na primeira parte do texto a autora aborda questões relacionadas ao termo ambiência e o seu destaque nas pesquisas nos últimos anos, comentando sobre o fato de que antigamente os estudos em urbanismo e arquitetura acabaram sendo extremados em diferentes especialidades, dificultando a visão um pouco mais ampla sobre o ambiente das cidades.
Por isso, a pesquisa em arquitetura acabou se tornando incompleta quando a intenção era se aprofundar em aspectos funcionais, formais ou ambientais do espaço construído como sendo fatores isolados. O estudo de ambiências abre possibilidades de compreensão das experiências sensíveis das cidades, apontando para novas maneiras de pensar e atuar sobre o meio urbano e ainda assim, seu conceito continua sendo lapidado a cada dia por pesquisadores.
Ambiência: Um conceito fácil de sentir, difícil de explicar.
Neste recorte, a definição acaba se tornando mais próxima do campo empírico do que do teórico. Buscando compreender um pouco mais sobre o entendimento do conceito de ambiência para os usuários do meio urbano, uma das pesquisas do grupo de pesquisas LASC – Laboratório de Pesquisa “Arquitetura, Subjetividade e Cultura” tinha como objetivo ouvir o os usuários dos espaços urbanos sobre ambiência, e um dos comentários mais comuns sobre os questionamentos era de que: Lugares que não podem ser descritos separadamente de suas características sensíveis (som, cheiro, luzes) – socioculturais e físicos (a movimentação das pessoas, o suporte espacial).
Em seguida, exemplifica-se perfeitamente o sentimento do entendimento de Ambiências quando a autora diz que é, impossível estudar sobre ambiência sem levar em consideração o corpo, porque é dele que que saem todas as percepções e movimentos a serem considerados. O corpo passa a ser um aparelho sensível, que capta as interações com o mundo em
que vivemos, portanto, o reconhecimento não se dá apenas quando o corpo penetra na ambiência, mas quando a ambiência penetra sobre o corpo, é uma troca. E isso acontece de diferentes formas, ouvindo sons que caracterizam locais urbanos, e tudo que envolve esses sentidos que propicia para a experiência e a interação na ambiência.
Para reforçar ainda mais a ideia, referências no tema são citados para enfatizar alguns pensamentos. Como Amphoux (2004: 51) que fala sobre a ambiência permitir a passagem da dimensão sensível para a dimensão cognitiva e Thibaud (Ibidem) ressalta que o fato de uma ambiência ser considerada agradável (ou desagradável) reside na sua capacidade de ser reconhecida. reconhecida. Tal reconhecimento, em nosso entender, nasce de um processo desencadeado pela memória – e consequentemente pela fantasia, pelo desejo, pelo processo complexo de significações - dos usuários na presença de determinadas ambiências. Assim, dizer que a ambiência desperta familiaridade nas pessoas significa dizer que a memória desses usuários foi capaz de “trabalhar”, atribuindo significados ao lugar a partir de seu caráter multissensorial e íntimo dos registros previamente adquiridos por seus praticantes. Já Augoyard (2007:33) ressalta que a Ambiência é algo muito fácil de sentir, ao mesmo tempo em que explicá-la é o que há de mais difícil.
Após essas considerações, o LASC se propôs a averiguar a noção do conceito de ambiência entre a população urbana. Após várias respostas, foram identificados alguns aspectos presentes nesses espaços. O principal deles foi a capacidade dos locais em proporcionar o encontro, o evento, o compartilhamento, a fricção, a presença conjunta em torno de experiências sensíveis diferenciadas.
Levando em consideração todos esses aspectos analisados, a autora chega à conclusão de que a Ambiência acaba funcionando como um agente de ligação entre várias sensações experimentadas pelos usuários das cidades em determinada situação, portanto, não podendo ser reduzida apenas a uma somatória de objetos isolados individuais. Na realidade, é a Ambiência que unifica um suporte espacial e o preenche de significados, num processo de retroalimentação que nos permite compreender que não percebemos a ambiência e, sim, percebemos de acordo com ela.
“Somos o corpo que torna a Ambiência uma existência”.
As ambiências também saem do campo de sentidos, (tipo de iluminação, sons, ritmos, aspectos climáticos e configuração física), mas também exerce um caráter motivador, e o convida para o compartilhamento da atmosfera do lugar. Significa dizer que a experiência dos usuários precisa ocupar lugar de maior destaque em todas as formas de gestão do espaço público urbano.
❖ Alinhamento com as pesquisas
Gleison Junior – Mestrado
Ao aprofundarmos sobre todos os conceitos que envolvem o termo ambiência, sem dúvida nenhuma foi bastante enriquecedor, em especial para a minha pesquisa, onde pude obter uma nova ótica a respeito das ambiências urbanas e seus elementos que o permeiam, muitas vezes vistos de forma individual, mas que através destes estudos puderam ser mais compreendidos como um todo, sobretudo no que diz respeito a percepção da cidade através dos sentidos e experiências adquiridas nos espaços vividos.
Julia Delmondes - Doutorado
Este eixo temático dialoga com minha pesquisa de doutorado uma vez que busco, em relação ao espaço urbano, compreender o agenciamento das experiências cotidianas. Ao entender a leitura da cidade através do corpo em suas vivências e ações que ocorrem no percurso cotidiano criando narrativas, é relevante estudar o conceito de ambiência com o objetivo de me aproximar dos tons afetivos que compõem as apropriações e situações diversas ampliando as potencialidades da relação corpo-cidade.
❖ Referência Bibliográfica
AMPHOUX, Pascal; THIBAUD, Jean-Paul; CHELKOFF, Grégoire. Ambiances en Débats. Bernin: Editions A la Croisée, 2004.
AUGOYARD, Jean-François. Vers une esthétique des Ambiance. In: AMPHOUX, Pascal; THIBAUD, Jean-Paul et CHELKOFF, Grégoire. Ambiances en Débat. Bernin: À La Croisée, 2004 pp. 07-30
AUGOYARD, Jean-François. A comme Ambiance(s). In: Les Cahiers de la Recherche Architecturale et Urbaine. nos. 20/21 - mars 2007. p. 33-37
CAHIERS DE LA RECHERCHE ARCHITECTURALE (LES) - "Ambiances Architecturales et Urbaines". 42/43. Ed. Parenthèses, 1998
DUARTE, Cristiane Rose et all. « Exploiter les ambiances: dimensions et possibilites methodologiques pour la recherche em architecture » in: Actes du colloque Faire une Ambiance. Cresson / ENSA Grenoble, 2008 - 415-422 - disponível em: www.ambiances.net/index.php/fr/colloques/160-faire-une-ambiance
DUARTE, Cristiane Rose. Explorando Ambiências: Caminhos de Pesquisa e Possibilidades Metodológicas. Relatório conclusivo da pesquisa CNPq, 2011
RAPOPORT, Amos. House, Form and Culture. London: Prentice-Hall Inc, 1969
THIBAUD, Jean-Paul. De la Qualité Diffuse aux Ambiances Situées. Paris: Editions de l'Ehess, 2004. THIBAUD, Jean-Paul. O devir ambiente do mundo urbano. Redobra: Tumulto. Salvador, 2012.
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